quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Divã laminado de letra cursiva



Letra, pra mim, é objeto de divã.
Eu sou canhota.
Eu pulei o que era então chamado de "Pré-primário", que vem a ser a classe de alfabetização. Onde se aprende a ler, e isso eu sabia: e a escrever (a parte mecânica da coisa), e isso eu não.
Daí com 7 anos (eu tava entrando na 3a série), pimba! - polícia, fuga, blablablá... vou morar no século XIXops, não, na Suíça.
A gente bebia água da fonte no meio do pátio (ou da torneira do banheiro).
 O quadro negro era limpo com uma mega esponja que ficava dentro de um balde.
e a gente escrevia com caneta-tinteiro, gentilmente fornecida pelo Estado de Genebra.
Cês podem imaginar o drama? Canhota, com essa escrita pra destros da esquerda pra direita, e caneta-tinteiro?




Daí hoje eu gosto da minha letra. 
(Sempre gostei de ser canhota. Ariano desafio.) 
Escrevo de caneta-tinteiro, quando dá.
Na vertical, que não cansa meu pulso e nem borra.
Na vertical, mesmo quando não é caneta-tinteiro.
Mas foi aí que eu aprendi.




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